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Santa Luzia nasceu no ano de 280, na cidade litorânea de Siracusa, Itália. Seus pais eram nobres e cristãos. O pai, Lucio, faleceu quando Luzia era muito pequena. Sua mãe, Eutíquia, a educou. E, como cristã, sua mãe lhe passou a fé, o conhecimento de Jesus Cristo, ao amor ao próximo e a Deus.
A mãe de Luzia era muito doente e sofria de uma forte hemorragia. Eutíquia procurou vários médicos. Nenhum, porém, conseguiu curá-la. Luzia, então, teve a idéia de levar sua mãe a Catania, cidade onde está o túmulo de Santa Agata. O dia da festa da Santa estava próximo e Luzia sentia que se sua mãe colocasse a mão no tumulo de Santa Agata, ficaria curada.
Muito fraca e doente, mas vendo a convicção da filha, a mãe aceitou. As duas, então, partiram para a cidade da Santa. No dia da festa, 5 de fevereiro de 301, após ler o evangelho, mais precisamente o milagre da mulher que tinha hemorragia há 12 anos e fora curada por Jesus quando tocou em seu manto Luzia, emocionada, propôs a sua mãe tocar no tumulo de Santa Ágata e ela concordou.
Quando sua mãe foi para o tumulo, Santa Ágata apareceu para Luzia e lhe disse:
Luzia minha irmã, porque pedes a mim o que você mesma pode conseguir para sua mãe? Tua mãe já foi curada pela tua fé. E assim como a cidade de Catanha foi beatificada por mim, assim também por seu meio, será salva a cidade de Siracusa. Então, Luzia disse à mãe: Pela intercessão de S. Ágata, Jesus te curou. Nesse momento sua mãe sentiu que as forças lhe voltavam ao corpo e ficou curada.
A jovem Luzia, tocada pela graça de Deus disse que queria consagrar sua vida a Deus e fazer voto de castidade e fidelidade a Jesus. Além disso, ela iria entregar seu dote de casamento (uma pequena fortuna) e seus bens para os pobres. Sua mãe concordou.
Aconteceu, porém, que Luzia tinha um pretendente para casamento. E este não se conformou com a decisão de sua amada e a denunciou ao Governador Pascásio, acusando-a de ser cristã. O imperador Diocleciano tinha emitido um decreto autorizando punição exemplar para os cristãos.
Santa Luzia foi julgada e condenada, e como dava total importância a virgindade e ao amor a Jesus Cristo, o governador mandou que a levassem a um prostíbulo, Santa Luzia rezou: quem vive casta e santamente, é templo do Espírito Santo, sem a minha vontade, a virtude nada sofrerá. Assim, nem dez homens juntos não conseguiram levantar Santa Luzia do chão.
O governador, furioso, mandou matá-la ali mesmo. Os carrascos jogaram sobre ela resina e azeite fervendo, mas nada aconteceu à jovem. Os carrascos continuaram com o seu martírio e lhe arrancaram os olhos. Daí vem a devoção a Santa Luzia como protetora dos olhos.
Antes de sua morte, Santa Luzia, ajoelhada em oração, disse:
Senhor, eis que suplico paz para a Igreja de Cristo. Diocleciano e Maximiniano decairão do império, e como a cidade de Catania venera a Santa Águeda, também serei venerada por graça do Senhor Jesus Cristo, observando de coração os preceitos do Senhor.
Santa Luzia morreu no dia 13 de dezembro do ano de 304. Os cristãos de Siracusa a elegeram Padroeira da cidade e construíram um templo em seu nome.
Todo aquele que dá sua vida por causa de Jesus Cristo, ou que sofre castigos e morte por não renegar a fé em Cristo, é considerado mártir pela Igreja. Ela deu sua vida por Jesus Cristo e não renegou sua fé nem mesmo sabendo que morreria violentamente por causa disso. A palavra mártir vem do grego e quer dizer Testemunha. Os mártires testemunham Jesus com a própria vida.
No ano de 1040 o General grego Jorge Mariace levou o corpo de Santa Luzia para Constantinopla a pedido da imperatriz Teodora. No ano de 1204 os cruzados venezianos reconquistaram o corpo de Santa Luzia e o levaram para Veneza, lugar em que esta até hoje na igreja de São Jeremias, onde é venerado.
Ó santa Luzia, que não perdestes a fé e a confiança em Deus, mesmo passando pelo grande sofrimento de lhe vazarem e arrancarem os olhos, ajudai-me a não duvidar da proteção divina, defendei-me da cegueira não somente física, mas principalmente da cegueira espiritual.
Atendei a este meu pedido.(fazer o pedido).
Conservai a luz dos meus olhos para que eu tenha a coragem de tê-los sempre abertos para a verdade e a justiça, possa contemplar as maravilhas da criação, o brilho do sol e o sorriso das crianças. Ó minha querida Santa Luzia, eu vos agradeço por terdes ouvido a minha súplica.
Por Jesus Cristo, nosso amigo e irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Santa Luzia, rogai por nós.